Friday, January 14, 2011

Tentei ignorar a catástrofe do Rio de Janeiro

DEVOCIONAL DE HOJE, 14 DE JANEIRO DE 2011

“Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, e lançou-se em terra, e adorou; Jó 1:20”.

          Tentei ignorar a catástrofe do Rio de Janeiro, mas é difícil não refletir sobre um acontecimento que a humanidade inteira acompanha com lágrimas. Essa é uma catástrofe democrática. A tragédia e o sofrimento não foram apenas para os pobres que constróem seus lares nas encostas sem segurança e nas paredes dos rios. A reportagem dá conta de um condomínio de classe-média-alta com a metade das casas totalmente soterradas onde nem ao menos acesso foi possível, onde vidas e bens materiais perdidos não foram contados ainda.
          Pensei sobre a que se compara esses acontecimentos. O que passa na cabeça de todos de imediato é o dilúvio. Ao contrário, foi Jó que me veio à mente. Lembro-me da discussão calorosa sobre sofrimento em aula de Teologia Sistemática quando lecionava para a Beulah Heights University, em que afirmava ser “muito mais doloroso para as pessoas que nasceram e viveram uma vida de classe-média-alta e, em virtude de circunstâncias, se virem vivendo na favela contando os centavinhos para garantir a sobrevivência”. Essa foi a situação de Jó. Na entrevista da televisão surgiu como vítima da tragédia uma adolescente to tipo “patricinha”, vivendo o mesmo que os pobres dos barracos de beira de rio. Para os pobres, cujo sofrimento é lugar comum na caminhada da vida, esse vem a ser um a mais. Para a patricinha, é único, portanto mais doloroso. Jó viveu situação idêntica multiplicada algumas vezes, com uma diferença: Jó tinha um relacionamento íntimo com Deus. Veja Jó 1:1-5 e avalie a riqueza dele. Depois leia também 1:13-22. A dor de Jó foi tanta que no capítulo 3:3 ele diz: “Pereça o dia em que nasci e a noite que disse: foi concebido um homem”.
          O que é mais impressionante em Jó está no capítulo 1:20 “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, e lançou-se em terra, e adorou;”. Ele ADOROU A DEUS, gente, depois de toda aquela tragédia! E o verso 22 diz que “em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. Uáu! Esse era homem de fé!
          Fico imaginando quantos estarão questionando o amor e a misericórdia de Deus diante desses acontecimentos, principalmente aqueles que só vão a Deus em busca de bençãos, que sempre vão buscar, nunca vão levar adoração, louvor, coraçao grato, trabalho no Reino; ou quando fazem, fazem como se fosse em troca de novas bençãos! Quando viram montanhas de barro, pedras e betume amontados sobre gente, casas, carros, ruas, bairros, cidades, será que fizeram como Jó, rasgaram suas roupas, se jogaram no chão e adoraram de coração o Deus bondoso cantado nos shows Gospel?
          Devemos orar para que Deus nos dê convicção na medida da fé de Jó, para que os nossos lábios não cessem de adorar, louvar e proclamar que Deus continua sendo o mesmo, apesar das catástrofes e tragédias de nossas dias.
Deus abençoe o seu dia!

Rev. Alcenir Oliveira
Primeira Igreja Presbiteriana de Richmond, CA
First Presbyterian Church Richmond, CA
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