Monday, December 20, 2010

Paz, mercadoria rara no mercado

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(Seu nome será ... Principe da Paz ... para que ... venha paz sem fim sobre o trono de Davi ... (Isaías 9:6-7). A minha paz vos dou ...( João 14:27). A paz de Deus que excede todo o entendimento ... (Filipenses 4:7). Justificados pela fé, temos paz com Deus ... (Romanos 5:1).

          Paz é uma das mercadorias mais raras no mercado. Por mais que se busque a paz, e se diga que foi encontrada, ela não durará muito tempo. Isto porque o sentido que nós humanos damos para paz é muito limitado.
          Há um entendimento de que paz não é a ausência de conflito, mas a habilidade de lidar com os conflitos sem se estressar e sem deixar que eles possam desestabilizar nossa vida, nos tirar da zona de conforto.
          Outro entendimento comum é de que paz é a ausência de guerra. Se nós olharmos para guerra como algo grande, pela perspectiva macro, entre duas ou mais nações, talvez até esteja certo. Mas se voltarmos os olhos para as coisas minúsculas, pela perspectiva micro, e que nos perturbam, nos tiram a tranquilidade, as micro-guerras, a paz não existe.
          Poderiamos citar muitos exemplos de coisas que tiram a paz; saber que a região onde vivemos é violenta, nos tira a paz; a dúvida de que no mês seguinte não vamos conseguir trabalho suficiente para pagar nossas contas e nos manter; um professor da escola que não tem a menor paciência para ensinar e todos os alunos ficam prejudicados; um patrão ou chefe que pega no pé o tempo todo e deixa todos irritados; um gerente ou uma gerente que assedia um empregado ou empregada que precisa do emprego e não pode se indispor com ele; uma criança problemática que os pais não sabem mais o que fazer para evitar que ele cause problemas na escola ou na comunidade; problema de temperamento entre um casal e que não sabem o que fazer para contornar; a discriminação de raça, de classe social, de nacionalidade, de formação, de sexo, de idade.
          Alguém diria então que a paz é impossível, pois sempre haverá um disconforto qualquer que nos tira a paz. E isto é verdade. Sabe por quê?
          A raça humana caiu da presença de Deus e perdeu a condição de ter a verdadeira paz.
          Às vezes nós não temos paz nem conosco mesmo, nós entramos em conflito conosco mesmo. Sabe quando isto acontece? Isso acontece quando nós agimos em desacordo com aquilo que acreditamos que seja certo e errado. Isso tira a nossa paz. Muitas vezes a nossa velha natureza, nossa natureza humana e pecaminosa nos faz vacilar e somos pegos na armadilha do pecado.
          Irmãos, a natureza pecaminosa é capaz de maquiar o pecado, maquiar a mentira como se fosse verdade. Mais tarde, quando nos damos conta do que fizemos, perdemos a paz.
          Eu sei de vários casos de golpe para levar vantagem financeira, em que as pessoas fingem alguma coisa para obter resultado. Esta semana fiquei sabendo de uma muito sutil. Uma pessoa que trabalhava em uma instituição, entrou em acordo com ela para ser demitida e dpois voltar sem contrato de trabalho, pois sendo demitida passaria a receber o seguro desemprego. Isso é uso da mentira para conseguir benefício financeiro. Portanto, é pecado. Quando a pessoa cai em si e percebe o que fez, perde a paz.
          Zaqueu é um grande exemplo disso. Ele não tinha paz, ninguém gostava dele, não aceitava o trabalho corrupto dele. Mas isso continuou só até ele vir Jesus entrando em sua casa. Então ele caiu em si e viu a razão da sua falta de paz e mudou de vida.
          Jesus Cristo diz em João 14:27 que a paz dele não é como a mundo, não é a segurança financeira em prejuízo dos outros, não é o levar vantagem mesmo que o que fazemos seja moralmente correto. A paz de Jesus Cristo é a da consciência tranquila. O trabalhador pode tirar o dinheiro do bolso e dizer é dinheiro honesto, e que até o imposto, a parte de Cesar, e que o dízimo, a parte de Deus, já foram tirados. Assim ele pode declarar bem alto, em tenho paz de consciência.
          O Apóstolo Paulo em Filipenses 4:7 diz que a paz de Deus excede todo o entendimento. Nenhum governo, juiz, advogado, intelectual, político, qualquer que seja seria capaz de entender esse tipo de paz.

Essa atitude pacífica desqualifica os conflitos, não há razão para guerra, briga e conflitos pessoais onde a lei do amor reina.
          Essa paz que excede a todo entendimento é a paz que Jesus Cristo dá. O profeta Isaías o descreve como o Príncipe da Paz. Ele é o herdeiro do trono de Davi que veio para estabelecer um Reino de Paz.
          A condição básica do Reino de Cristo é que a sua carta magna, a constitiuição da nação, a lei áurea é o amor. O meu mandamento é este que vos ameis uns aos outros. Se é isto que acontece no Reino, então este é o Reino de Paz.
          A minha paz não é como a do mundo, que é baseada em acordos ou leis que impõem barreiras às ações das pessoas. A minha paz vos dou, não como o mundo a dá. Por isso, não é preciso temer, ter medo ou ficar perturbado.
          Essa paz é possível? É possível, não aos homens, mas a Deus. Pela fé em Jesus Cristo somos salvos, recebemos o Espírito Santo, passamos a ter a imagem de Cristo em nós. Diz Paulo que então temos paz com Deus, há reconciliação, perdão de pecados, a consciência do certo e do errado, a atitude da misericórdia, do amor, e então a Paz é possível.
          Assim, não mais vemos Deus como o Deus condenador, da punição, do fogo do inferno, mas do amor, da misericórdia, da salvação.
          Assim, ... temos paz com Deus ... diz Paulo em Filipenses 4:7.
Rev. Alcenir Oliveira
First Presbyterian Church in Richmond, CA
19 de dezembro de 2010



Friday, December 10, 2010

Os saradões não precisam de médico, os doentes sim!

          " ... Mas os fariseus e aqueles mestres da lei que eram da mesma facção queixaram-se aos discípulos de Jesus: “Por que vocês comem e bebem com publicanos e ‘pecadores’? Jesus lhes respondeu: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. Lucas 5:27-32
          O evangelho dos fariseus é o da opressão, da discriminação, da escravidão. Obedecem a lei nos mínimos detalhes. Se consideram os saradões! Esses, quando desfilam nas ruas ou no shopping, mesmo quem é muito discreto e não costuma olhar, não deixa de dar uma espiadinha por cima dos óculos! Eles despertam curiosidade.
          O verdadeiro evangelho? Veja o que Jesus diz: Quero Misericórdia, e não sacrifício. O evangelho do amor de Jesus tem na sua agenda o evangélico, o católico, os moradores de rua, os desempregados, o pobre, o rico, o branco, o negro, o divorciado, o casado, o namorado, o solteirão, viciados, prisioneiros, entre outros. É necessário que nós entendamos a vontade de Deus, e a vontade de Deus é que todos sejam tratados com justiça, ou seja, com amor, cuidado, hospitalidade, atenção ... porque isso é a descrição do céu de Deus. O evangelho que não contém essa justiça não é o evangelho de Cristo. Amor, cuidado, hospitalidade e perdão eram os produtos que Jesus Cristo levava sempre na cesta básica quando entrava nas casas dos publicanos e pecadores. Como os publicanos e pecadores, Jesus Cristo chama a todos nós para o conhecimento da justiça de Deus, a mesa farta de misericórdia e perdão.
          Se o evangelho que você conheceu não é o da misericórdia (justiça de de Deus), tenha cuidado, pois esse pode ser o evangelho dos fariseus, dos saradões espirituais ...
          Saradões ou fracos, doentes, publicanos e pecadores? De que lado você está? Se você está do lado de Jesus Cristo, está no lugar certo.
          "Certamente, Ele levou sobre si nossas nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças ... Isaías 53:4".
Deus abencoe o seu dia!
Rev. Alcenir Oliveira
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Tuesday, December 7, 2010

A cruz que leva à grande porta

Lucas 9:23-25 João 10:9
7 de dezembro de 2010

          O ministério de Cristo tem um marco de divisão. É o momento em que os dissípulos reconhecem que ele não é o messias, o libertador, o rei secular que assumiria o trono para fazer face ao domínio romano, mas que ele é o Messias Filho do Deus Vivo. É isso que acontece também hoje quando o pecador nota que o Cristo tão popular do dia de hoje não é apenas um revolucionário, caridoso e profeta, mas o Filho de Deus que tira o pecado do mundo e oferece vida para além dos limites deste mundo. A vida dele se divide no antes e no depois, sendo agora alguém que confessa Jesus como o Filho do Deus Vivo.
          Esta é a prova final do curso de preparação do dissipulado de Cristo. Os dissípulos, representados por Pedro, são aprovados ao confessarem a verdadeira natureza de Cristo. Agora Jesus inicia junto com eles uma nova fase, ou seja, o início de sua caminhada para Jerusalém. Eu diria que eles fizerem o curso teórico ou teológico, e estão agora começando o estágio para a monografia de final de curso.
          É isso que se passa com o pecador arrependido. Na primeira fase ele conhece a Cristo Filho de Deus, salvador, se reconhece pecador e necessitado de salvação, crê e é salvo. Aí então começa sua vida cristã prática. Como na vida dos apóstolos, eles vão encontrar momentos de dúvidas e incertezas em que o Espírito Santo batalhará para redirecioná-los para a trajetória de Cristo, e assim tomar a sua cruz, a cruz da vida cristã.
          Olhando para a agenda de Lucas, vemos que ele omite um episódio importante em sua narrativa que é o diálogo duro de Jesus Cristo com Pedro. Pedro já havia reconhecido nele o Filho de Deus, mas sua cabeça ainda estava fincada nas coisas deste mundo. Ele não tinha conseguido formar uma imagem da glória de Cristo contida no Reino de Deus, bem como não tinha entendido a trajetória que o Mestre deveria percorrer até a descida do Espírito Santo.
          A cabeça de Pedro vai começar a ser iluminada quando Jesus o separa juntamente com Tiago e João e os leva para o monte onde visualizam uma parte do Reino, onde podem notar a presença de Moisés e Elias que têm uma conversa com Cristo.
          A ousadia de Pedro, entretanto, aflora e logo faz uma nova proposta outra vez contrária à trajetória que Cristo havia começado a percorrer, fazer ali uma tenda. Pedro queria antecipar a glorificação e assumir o céu de imediato.
          Às vezes ficamos extasiados com as maravilhas da glória de Deus e desejamos antecipar a glorificação, no nosso tempo, ao invés do tempo de Deus como diz as escrituras. É isso que aconteceu com Pedro.
          Mas Jesus tem que prosseguir. Afasta de mim ... afasta de mim essa idéia maluca, essa idéia enganadora, como Filho de Deus eu tenho coisas maiores do que um simples reino terreno para a humanidade. Eu tenho um Reino que compreende a verdadeira glória de Deus.
          Há muitos crentes que se sentem meio que decepcionados quando precisam entender que o que temos em Cristo é muito mais precioso do que o que podemos alcançar de conforto material aqui. Isso porque são crentes que assimilaram só os milagres de Cristo, mas não assimilaram a sua palavra.
          A palavra de Cristo é da cruz, e não dos milagres. Os milagres mostram o que e quem ele é. A Cruz mostra o que ele fez e o que também nós devemos fazer: trazer todas as coisas que nos prendem e pendurar ali na cruz e carregá-la até à porta da glória.
          Jesus deixa então os dissípulos e dirige-se à multidão e começa a ensinar: se alguém quiser vir comigo, na caminhada da vida cristã, a vida de crente, tem que tomar a sua cruz e seguir-me ... Dali Jesus segue para Jerusalém levando a sua cruz. Em Jerusalém ela se materializa em uma madeira onde ele é pregado.
          A caminhada da cruz de Cristo terminou ali na Grande Porta, a grande porta que separa esta vida do além. E com isso ele abriu caminho para nós trazermos nossa cruz até à porta.

Saturday, December 4, 2010

Chegar diante da Grande Porta, a maior certeza desta vida!

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, entrará e sairá e encontrará pastagens”.
Jo 10.
5 de dezembro de 2010
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Nós somos seres inteligentes e uma das coisas mais desafiadoras para a humanidade é o seu tempo de vida. Uma das perguntas mais comuns no inconsciente humano é "por quê vivemos tão pouco?". Diz-se que a morte é a coisa mais certa na vida! Isso é dramático, mas é realidade, ninguém vive para sempre; aliás, poucos vivem mais de cem anos. Querendo ou não, temendo ou não, vai chegar o momento de nos apresentar diante da grande porta que separa este mundo do outro. Para nós que cremos na existência da vida eterna e somos resgatados em Cristo para viver com ele no céu, chegar diante da porta é um momento de vitória, como disse Paulo "para mim o morrer é lucro e o viver é Cristo. Fil 1:21".
          Aqueles que não crêem em nada, não crêem na vida eterna, não crêem em Cristo e no plano de salvação que Deus tem para a humanidade é um grande desespero ver conscientemente que está caminhando para uma coisa desconhecida, sem sentido e muito temerosa porque não tem a menor idéia do que vai encontrar do outro lado da porta. A grande certeza que ele tem, e isto ele não tem como duvidar é que a porta existe e ele não tem como fugir dela. A outra grande certeza é de que cada dia que passa a chegada diante dessa porta se aproxima mais.
          Há pessoas que ouvem a Palavra de Deus e o convite do salvador para mudar de vida. Entretanto, os prazeres do mundo, os desejos da carne, a ambição, o egoísmo, o desejo de ter e desfrutar de tudo que é possível vem em primeiro lugar sempre em sua vida e apaga a necessidade de crer. De vez em quando ele se pega pensando na injustiça de vivermos tão pouco tempo. Por exemplo, é muito injusto trabalhar criar uma fortuna, um patrimônio milionário que geralmente acontece na vida de alguém por volta dos 60 anos de idade e saber que tem apenas uns 20 a 30 anos para desfrutar. Isso se um cancer, ou uma aids, ou um acidente aéreo ou um acidente de carro não o colocar diante da GRANDE PORTA sem que ele espere.
          Mesmo assim, suas preocupações são tão grandes com a adminsitração de suas vida, os prazeres, as festas, os relacionamentos maravilhosos, as prioridades de sua vida não o permite crer na existência de um plano divino para a humanidade. Para ele não há razão para essas cosias, já que o mundo é tão racional.
          A estes resta esperar para ver ... Mas eu pergunto, "você vai esperar para ver, ou quer experimentar o chamado de Cristo e não ser pego de surpresa diante da GRANDE PORTA?". Medite sobre João 10:9.
          Deus abençoe o seu dia!
          Rev. Alcenir Oliveira
          alceniro@hotmail.com
          Primeira Igreja Presbiterina de Richmond, CA

Pastor e ovelha: uma questão de relacionamento

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”. 
Jo 10.14

Há algo muito curioso nesse texto. Pastor e ovelha se conhecem. Isso significa relacionamento, amizade, amor. Ele sabe tudo sobre você e você sabe tudo sobre Ele. O pastor faz tudo que é necessário para que a vida da ovelha seja tranqüila, tenha paz e abundância de alimento. Em contra partida, a ovelha ama o pastor; para ela a melhor coisa é estar na sua presença.
       Uma coisa que não refletimos a respeito é que quando só o pastor conhece a ovelha, não há relacionamento e portanto a ovelha não desfruta das bençãos da sua presença. Por outro lado, quando só a ovelha conhece o pastor, também não há relacionamento e a ovelha não desfruta da sua graça.
       Duas perguntas surgem daí. A primeira é: Como pode o Bom Pastor, o Senhor Jesus Cristo, não conhecer alguma ovelha, se Ele é Deus onipresente (está em qualquer lugar), e onisciente (conhece todas as coisas)? Como pode só a ovelha conhecer o Pastor? Ele diz que nós somos amigos dEle se fizermos o que ele nos manda. Jo 15:14. Logo depois ele diz que o que ele nos manda fazer é amar uns aos outros. Jo 14:17". Isso eu creio que responde a pergunta, pois quem não faz a vontade do Bom Pastor, que é em benefício próprio da comunidade das ovelhas, Ele não o reconhece como ovelha sua. Para ser ovelha dEle não é necessário fazer nada, é de graça, basta amar a Ele e ao próximo. Esses que o conhecem mas não amam, são aqueles a quem Ele dirá que o "o viram nu e não o vestiram; o viram preso e não foram visitá-lo; o viram com fome e não lhe deram comida". Esses não entrarão no céu, no Reino do Pastor!
       A segunda pergunta é: Quando é que só o pastor conhece a ovelha? Essas são as ovelhas rebeldes. O bom Pastor diz em Jo 10:9 que quem entra pela porta de seu corral, entrará e sairá e encontrará pastagens. Entretanto, as ovelhas preferem ir pastar em outras pastagens, estão interessadas em outros alimentos impróprios. Não reconhecem o chamado do Mestre.
       Qual é a sua situação:  Você conhece o Bom Pastor e Ele não conhece você? Ou Ele conhece você e você não o conhece? Ou você o conhece e Ele conhece você?
       Se forem a primeira e a segunda condições, Ele continua chamando para ter um relacionamento de Pastor e ovelha com você. Se é a terceira, para usar uma linguagem dos Salmos, você é bem-aventurado por pertencer ao rebanho do Senhor!
       Deus abencoe o seu dia!
       Pr. Alcenir

Friday, December 3, 2010

Alimentado-se dos lixões

"Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim jamais terá fome; e aquele que crê em mim jamais terá sede. João 6:35".
Há pessoas que se alimentam dos lixões espirituais da vida, cujo foco é o eu. Se alimentassem do Pão da Vida, começariam a ver além do seu próprio umbigo, e começariam a perceber que há pessoas que se alimentam fisicamente dos lixões materiais da vida. Assim, seriam movidos a ter uma nova atitude para com o próximo e o mundo começaria a transformar-se no Reino de Deus, onde a fome e a sede estão constantemente saciadas com a presença do Pão da Vida!
Deus abençoe o seu dia!


Rev. Alcenir Oliveira
3 de dezembro de 2010.